sábado, 29 de setembro de 2018

De Los Angeles para Visalia com um motorhome - Califórnia - EUA

24 de maio:



Tivemos uma mudança geral nos planos desse dia. A ideia era visitar Huntington Beach e Long Beach pela manhã, pegar o motorhome e seguir em direção A Yosemite, com pernoite em Visalia. Mas antes, tinhamos que buscar a carteira que o marido perdeu em Hollywood, do outro lado da cidade. Além disso, amanheceu chovendo e fazendo frio e resolvemos deixar a praia para outro dia.

Sempre escutei que em maio/junho não chove em Los Angeles e estávamos super confiantes que teríamos tempo muito bom. Mas parece que São Pedro estava de mau humor justamente quando resolvemos visitar a Califórnia.

Já que não deu praia e como a locadora do motorhome ficava perto do nosso hotel em Anaheim, resolvemos matar a manhã fazendo compras. Como era semana do Memorial Day, haviam muitas promoções boas acontecendo. O local que escolhemos para fazer algumas comprinhas foi o Anaheim Plaza que ficava perto do nosso hotel.  O Anaheim Plaza tem lojas como TJMax, Carters, Old Navy, Ulta, Ross e para completar, um Walmart Supercenter do lado.

Como não parou de chover, ao meio-dia, fomos buscar nosso motorhome na Apollo RV, no endereço Artesia Blv, 8559.

Ficamos muito bem impressionados com a Apollo RV. São super organizados e nos explicaram todo o funcionamento do motorhome. Sem pegadinhas, sem empurrar seguros ou cobrar taxas não previstas. Tudo que havíamos reservado estava lá.

Já havíamos escutado que os veículos da Apollo geralmente são novos e bem cuidados. E pudemos confirmar isso, pois havia um motorhome 0 km à nossa espera. Fomos a primeira família a viajar com ele... louças, panelas, copos, talheres, colchões... tudo novinho!! Sem contar o cheiro de carro novo... que delícia!!!


Retirando o motorhome novinho na Apollo
Devolvemos o carro que locamos na Silvercar, perto do aeroporto LAX. O marido foi dirigindo o motorhome na frente, e eu fui dirigindo o carro da Silvercar atrás, morrendo de medo naquelas freeway´s enormes de Los Angeles. Mas no fim deu tudo certo.

Família toda reunida no motorhome, fomos recuperar a carteira perdida do marido em Hollywood. O que não sabíamos, é que a mulher que achou a carteira, como contei aqui, morava no ponto mais alto de Hollywood. As ruas foram ficando cada vez mais estreitas e cheias de curvas e chegou um determinado momento em que bloquemos a passagem dos outros veículos com nosso motorhome de 27 pés.

Que desespero. Estávamos praticamente presos, sem conseguir subir e nem descer a estrada. Tive que descer do motorhome, parar o trânsito em meio a um buzinaço e orientar as manobras do marido para que ele pudesse fazer um retorno com o motorhome. Que sufoco.

Estacionamos o motorhome no primeiro local que achamos apropriado e o marido teve que ir subindo as ladeiras íngremes de Hollywood a pé, rsrsrs... viu só, quem manda perder a carteira!!

Carteira recuperada graças a bondosa Nancy que a achou perdida no meio de um playground, seguimos em direção Visalia para pernoite.

Não era nossa primeira vez com um motorhome, mas confesso que alguns momentos dirigindo dentro de Los Angeles com um motorhome tão grande foi um pouco tenso. É um movimento monstruoso, com freeway´s bastante congestionadas. Primeira lição aprendida: com um motorhome de 27 pés, não se brinca. 😁


Freeway's em Los Angels

São quase 300km de Los Angeles até Visalia e a intenção era parar no Toulare Outlet que ficava no caminho. Mas chegamos lá quase na hora de fechar e deu tempo apenas de passar em duas lojas.

Mesmo sem muito tempo, percebemos que o Outlet é uma boa opção de compras, caso esteja indo de Los Angeles para Yosemite. É bem completo, com lojas como Calvin Klein, Carters, Eddie Bauer, Banana Republic, GAP, Levy´s. Nike, Skatchers, Tommy Hilfiger e muitas outras marcas. Veja mais informações nos site: https://www.tulareoutletcenter.com/

Seguimos para Visalia, onde pernoitamos no estacionamento do Walmart, localizado em 3750 S Mooney Blvd.

Amo parar para pernoitar nos estacionamentos dos Walmarts, como já comentei nesse post. Para as crianças, foi a primeira experiência viajando num motorhome e elas amaram. Rolou briga para ver quem ia dormir na cama de cima, mas no final, se acertaram. 


Primeira viagem de motorhome das crianças: conforto extra

Uma dica para quem for para a Califórnia: não deixe de levar um bom hidratante facial e protetor labial. Não sei o que acontece com o clima de lá, mas a pele fica extremamente ressecada. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Disneyland na Califórnia - Los Angeles - EUA

23 de maio

Acordamos cedinho para ir para a Disneyland em Anaheim. Na recepção do hotel, tinha um shuttle disponível para os hóspedes a cada 10 minutos, que levava os turistas até o parque. Já havíamos comprado os ingressos e o Maxpass pelo próprio site da Disney e a entrada foi super tranquila. 

Pela manhã o parque não estava tão cheio. Aproveitamos e fizemos as principais atrações. Enquanto o marido e filho adolescente iam nas atrações radicais como a montanha russa Indiana Jones Adventure, eu ficava com a Bea nas atrações para as crianças pequenas: carrossel, Dumbo the Flying Elephant, a casa do Mickey Mouse e por aí vai. 

Bea curtindo as xícaras que giram

Toontown, a cidade do Mickey Mouse é muito fofa!
Assistimos ao desfile de personagens, mas achei o desfile de Orlando mais imponente. Mas mesmo assim, foi bem legal e as crianças amaram ver os personagens dos desenhos animados ao vivo. 

Desfile dos personagens da Pixar
O que achei super legal no parque, é que os personagens aparecem do nada, no meio da multidão e começam a interagir com as crianças. Tiramos fotos com Pluto, Bela e a Fera, Cinderela, Pateta... só para o Mickey e Minnie é que tinha fila, algo que não encaramos. 

Encontro com Pluto

Também com a Bela e a Fera

E com a linda Cinderela que é muito tagarela!!

Por volta do meio dia, a Bea começou a pedir para ir para a piscina do hotel. Por mais que eu tentasse distrair ela, a cada 10 minutos, ela falava da tal piscina.

Eu não estava acreditando naquilo... Estávamos na tão sonhada Disneyland, pagamos uma fortuna por esse dia e ela querendo ir para a piscina do hotel... Como conheço minha filha, às 14h saímos todos do parque e fomos curtir a piscina gelada do hotel.😂
Já pensaram na minha frustração? 

No fim, acho que foi a melhor coisa que fizemos, pois ao voltar para o parque por volta das 17h, ele estava lotado com filas enormes para tudo. Como havíamos recarregado as baterias, estávamos cheios de disposição para continuar até de noite.

Assistimos ao show de fogos as 21:30h, que foi emocionante. Muito lindo mesmo, melhor ainda que a Disney em Orlando. O castelo da Cinderela fica todo iluminado com projeções e o show de fogos é um espetáculo. Pena que é muvucado igual Orlando, com pessoas se aglomerando quase que umas em cima das outras. 

O nosso hotel ficava bem perto da Disneyland. Dava para ir a pé, aproximadamente 10 minutos de caminhada tranquila, inclusive de noite.

Algumas dicas sobre a Disneyland:
Dica 1: Achamos que o Maxpass valeu muito a pena, pois conseguimos furar fila muitas vezes, sem contar que todas as fotos que você tira no parque, são encaminhadas para seu celular através do aplicativo. Tem inclusive fotógrafos nos principais lugares do parque esperando para tirar fotos para quem tem o Maxpass.

Foto tirada por um fotografo da Diney para quem tinha Maxpass
Dica 2: Um dia de Disneyland é suficiente, pois o parque é muito menor do que a Disney de Orlando. Fizemos praticamente todo o parque e ainda sobrou tempo.

Dica 3: Deixem para fazer a Splash Mountain de dia, ainda com sol. É uma atração extremamente molhada e como estava escurecendo, não conseguimos nos secar. Estávamos literalmente ensopados e estava bem frio. O resultado: saímos mais uma vez do parque para ir ao hotel trocar de roupa. Essa é uma das principais vantagens da Disney da Califórnia em comparação com a Disney de Orlando. Os hoteis ficam do lado do parque, alguns tão perto como simplesmente atravessar uma rua.

Molhado, mas divertido!!

Crianças muito molhadas na Splash Mountain
Lembram que contei aqui, que ontem quando chegamos no hotel, o marido percebeu que tinha perdido a carteira? Passamos o dia ligando para alguns lugares por onde havíamos passado, mas nem sinal da carteira. Mas no meio da tarde, enquanto estávamos descansando na piscina do hotel, meu pai ligou para informar que uma mulher havia achado a carteira no playground do Hollywood Park, onde fomos para ver o letreiro de Hollywood.

A bondosa mulher ligou para a Embaixada brasileira em Los Angeles, que procurou nossos dados e contatou meu pai no Brasil. Conseguimos falar com ela e combinamos de buscar a carteira amanhã... como existem pessoas boas no mundo. Qual será o desfecho dessa história. Não deixe de nos acompanhar. 

Beverly Hills, Hollywood - Los Angeles - EUA

22 de maio

No 2º dia, saímos às 8:30 do hotel, em direção a Beverly Hills.
No caminho, passamos pelo aeroporto de Santa Monica para umas fotos e também no Museum of Flying, que infelizmente ainda estava fechado por ser muito cedo.

Museum of Flying
Fizemos um tipico dia de turista: passeamos pelas lindas ruas de Rodeio Drive, para olhar as vitrines. Tiramos fotos em frente ao prédio histórico da Prefeitura de Beverly Hills e também na placa de Beverly Hills que fica no Beverly Gardens Park, bem em frente à Rodeio Drive.

Beverly Gardens Park

Muito luxo na Rodeio Drive

Prefeitua de Beverly Hills
Subimos as colinas para ver as mansões dos famosos de Hollywood, mas nos deparamos apenas com imensos muros e portões. De qualquer forma, é um passeio válido para sentir o glamour e requinte do local. Acho que nunca vi tantas Ferraris, Porsches e Lamborghinis juntos em um mesmo lugar.

Almoçamos num pequeno restaurante mexicano chamado  Tere´s Mexican Grill, na Melrose Ave. O restaurante é bem simples, mas a comida estava muito saborosa e para os padrões de Los Angeles, não foi caro. Servem uns chips com salsa deliciosos. Vale muito a pena experimentar, se estiver por perto. 

Após almoçar, fomos na calçada da fama, que adoramos. Apesar de toda muvuca de turistas, curtimos bastante olhar as estrelas dos famosos na calçada. A que mais gostamos, foi a do Pica-Pau e do Mickey Mouse (talvez porque sabíamos que no dia seguinte estaríamos no Disneyworld Park).

Estrela do Pica-Pau fez sucesso com as crianças
 As crianças também adoraram comparar o tamanho das suas mãos e pés com o das atrizes e atores famosos de Hollywood. Descobrimos que o Arnold Schwarzenegger tem mãos enormes... será que ele é tão grande como falam?

Olha o tamanho das mãos do Exterminador do Futuro!!
Ficamos meio perdidos tentando encontrar o Teatro Chines e o Dolby Theater. Entramos em algumas galerias, subimos e descemos escadas e no final, descobrimos que já estávamos dentro do próprio Teatro Chinês. Hahaha... bem coisa de turista perdido mesmo.

Depois de procurar um pouco, também encontramos as famosa escada das estrelas. É aquela escada que sempre aparece nas filmagens no dia da entrega do Oscar.

Escada das estrelas

Havíamos pesquisado bastante e descobrimos que o melhor lugar para ver o letreiro famosos de Hollywood era no Lake Hollywood Park. Subimos a montanha de carro até lá e tiramos fotos maravilhosas do lugar. Realmente é um local muito bom para ver o letreiro, tem um gramadão imenso onde as crianças ficaram livres para correr e ainda puderam aproveitar o playground do parque, para brincar um pouco.

Lake Hollywood Park

Pertinho do famoso letreiro de Hollywood
Finalizamos o dia no Observatorio de Griffith, que foi outra surpresa bem bacana. O Observatório é enorme e ficamos umas duas horas por lá. Por dentro, tem várias exposições de ciências e astronomia super bacanas, que o Gabriel em plena adolescência adorou. A vista que se tem de Los Angeles também é fantástica, sem contar o pôr do sol, um espetáculo á parte.

Observatório de Griffith

Vista espetacular de Los Angeles do Observatório de Griffith
Uma dica de estacionamento para o Observatório: vale a pena tentar chegar o mais perto possível com o carro no observatório, porque a subida é dureza de tão íngreme. Deixamos o nosso carro a uns 700m do Observatório, com medo de não achar vagas mais próximas. Mas quando chegamos lá em cima, havia muitas vagas ainda disponíveis. Vale a pena tentar.

Achamos Los Angeles uma cidade linda, super bem cuidada com muitas flores por todo lado. O transito não é um problema, porque flui muito bem, pelo menos nos horários em que pegamos estrada.

Nos estacionamentos, geralmente a primeira/segunda hora é gratuita. Achamos parquimetro bem fácil também. O lugar mais caro no qual pagamos estacionamento foi no Observatório de Griffith (4 dolares/hora em 2018).

Do Observatório dirigimos até Anaheim, onde ficamos hospedados no Days Inn & Suites by Wyndham Anaheim At Disneyland Park.

Claro que ainda nos restava alguma energia para finalizar o dia  fazendo compras na Ross e Walmart, que ficavam próximas ao hotel.

Para nossa surpresa, ao chegarmos no hotel, o maridão notou a falta da carteira. Procuramos por todos os lugares e nada. Ligamos em todos os lugares onde estávamos e nada. Realmente, a carteira estava perdida em Los Angeles, e para nossa sorte, os passaportes e dinheiro estavam na minha bolsa.

Mas essa história vai ter um final feliz. Quer saber como vai terminar? Não deixe de ler nosso próximo post. 

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Venice Beach e Santa Monica - Los Angeles - EUA


21 de maio:



Chegamos em Los Angeles às 10h, através de uma conexão de Toronto. A passagem foi comprada pela Air Canada e apesar de longo, o vôo com nossos dois filhos Bea, de 6 anos e Gabriel, de 13 anos foi bem tranquilo. 


O primeiro vôo, de São Paulo para Toronto durou 10 horas e o segundo trecho, de Toronto para Los Angeles, durou mais 5 horas. Ambos os vôos com atendimento muito bom, comida razoável, entretenimento a bordo e parece até haver um pouco mais de espaço entre os assentos do avião.


A Bea ficou empolgadissima com o kit infantil que recebeu: giz de cera, livro de atividades e joguinho de quebra cabeças ajudaram bastante na distração. A imigração dos EUA foi realizada em Toronto mesmo e chegando em Los Angeles, só foi necessário pegar as nossas malas. Achei isso muito bom.

Ao chegarmos em Los Angeles, buscamos nosso carro na Silvercar. 


Como funciona a Silvercar, que loca apenas modelos Audi, pelo mesmo valor que um carro comum?


Para a primeira locação pelo site https://www.silvercar.com/ eles geralmente dão 20% de desconto. Quando nós locamos, estava tendo uma promoção e recebemos 30% de desconto. Para ativar o desconto, clique no código que aparece no site. Super fácil. 

O carro já vem com condutor adicional incluido, GPS e Wi-Fi e a cadeirinha infantil também é gratuita. Basta pedir a cadeira por email até duas semanas antes de retirar o veículo. 

Após a reserva, precisa baixar o aplicativo da Silvercar no celular e a partir desse momento, tudo passa a ser controlado via aplicativo, pelo celular. 

Depois de pegar as malas, deve-se subir ao nivel 2 do aeroporto, sair até a calçada e localizar um totem onde está escrito "shuttle services". Ele é indicado por letras. 

Nós estávamos no shuttle services com a letra F. Abrimos o aplicativo e clicamos na reserva, avisando que estávamos prontos para a locadora nos buscar no aeroporto. Recebemos o nome do motorista, modelo e numero da placa do carro que viria nos buscar por SMS. Em 15 minutos, um Lyft (estilo Uber) parou na nossa frente para nos levar até a locadora.  

Na locadora é tudo muito rápido e descomplicado. Nosso carro estava preparado e um rapaz muito simpático nos ajudou com tudo. Não teve nenhum serviço empurrado. Informei que fiz seguro pelo cartão de crédito e que adquiri apenas o seguro contra terceiros. Ele nos mostrou como dirigir um Audi já que era nossa primeira vez, assinamos a papelada, pagamos, desbloqueamos o carro pelo aplicativo através de QR Code e em menos de 15 minutos estávamos na estrada. 


Antes de chegar ao hotel, passamos pela prainha de Marina del Rey e o pier de Venice Beach. Nada imperdível se você tem pouco tempo em Los Angeles, mas ambos estavam na nossa rota para chegar ao hotel. 


Pier de Venice Beach

Água quentinha em Marina Del Rey

Almoçamos uma pizza no Little Ceasers e depois fomos fazer check-in no hotel Rest Heaven, que fica em Santa Monica. 

Delícia do Little Seasers



O hotel não fica de frente para o píer, mas achamos a localização dele muito boa. Não nos preocupamos com luxo e sempre escolho nossos hoteis pelo preço, localização e notas acima de 7.0.


As fotos e comentários nos ajudam a selecionar o melhor custo-benefício. Nesse caso, o Hotel Rest Heaven era bem simples, quarto e banheiro bem pequenos, mas limpo, silencioso e camas confortáveis. O atendimento não foi tão maravilhoso, mas deu para apenas 1 noite. Não recomendo ficar mais tempo. Receberam até um pacote enorme que enviei ao hotel sem custo.  


Na frente do hotel tem um Jack in the Box, onde jantamos no fim do dia, após voltar dos passeios.


Depois de descansar um pouco, por volta das 15:30, saimos para Venice Beach. O dia estava bonito, mas fazendo um friozinho. Mas a areia branca estava bem quentinha e as crianças curtiram a praia. 


Achei que não ia gostar de Venice, mas que bela surpresa. Rimos muito com a doideira do lugar. Foi bem divertido passear por lá e reparar nos estilos alternativos do pessoal que circula por lá. 



Crianças se esbaldando na areia quentinha

Acho as gaivotas tão fotogênicas...

O colorido de Venice Beach



De Venice Beach, fomos no Pier de Santa Monica. Acho que por ser segunda-feira, não tinha tanta gente. Estava um clima bem família por lá. Andamos na roda gigante, programa que as crianças adoraram. 

Passeio na Roda Gigante no Pier de Santa Monica
O lindo pôr do sol de Santa Mônica
Pier de Santa Mônica



Ficamos por lá até o pôr do sol e depois que escureceu, fomos até a 3th Street Promenade, que também estava bem vazia. 


O pouco fluxo de turistas não foi nada mal, porque ainda pudemos aproveitar para fazer umas comprinhas de forma bem sossegada pelas lojas, antes de voltar para o hotel.  

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Roteiro pela Califórnia com motorhome e filhos de 6 e 13 anos

A Califórnia sempre esteve nos nossos planos para uma viagem de motorhome com filhos. 

A oportunidade surgiu assim como outras viagens que fizemos: com uma promoção de passagens aéreas. Compramos com 6 meses de antecedência para viajar no final de maio / início de junho de 2018. Com taxas, o valor por pessoa ficou em R$ 1.440,00, uma super oferta com um único porém: a passagem era pela Air Canadá e antes de chegar em Los Angeles, haveria uma parada em Toronto. 

Mas quando a família tem 4 integrantes, em um cenário com o dólar ultrapassando os R$ 4,00, é assim que se viaja. 😂

Depois de muito pesquisar e mudar o roteiro dezenas de vezes, nosso programa ficou definido assim:

- 21 de maio: chegada em Los Angeles: visita a Santa Monica e Venice Beach
- 22 de maio: Beverly Hills, Hollywood, Observatório de Griffith
- 23 de maio: Disneyworld em Anaheim
- 24 de maio: Long Beach, retirar o motorhome e dirigir até Visália
- 25 de maio: Yosemite
- 26 de maio: Yosemite e Bodie
- 27 de maio: San Francisco
- 28 de maio: San Francisco e Palo Alto
- 29 de maio: Dia de compras
- 30 de maio: Monterrey e Carmel
- 31 de maio: Big Sur
- 01 de junho: San Luiz Obispo até Santa Bárbara
- 02 de junho: Santa Bárbara
- 03 de junho: Los Angeles: La Brea e Glendale
- 04 de junho: Six Flags
- 05 de junho: Los Angeles: Manhattan Beach, Hermosa Beach e Redondo Beach. 
- 06 de junho: retorno ao Brasil, aproveitando a escala mais longa em Toronto.

Vou escrever um post para cada dia da nossa viagem, que fizemos com nossos filhos: A Bea de 6 anos e o Gabriel, adolescente com 13 anos. 


O Gabriel sempre foi muito tranquilo e companheiro de viagens, mas a Bea sempre teve um jeitinho mais serelepe, sem paciência para longas distâncias e por isso resolvemos esperar ela crescer um pouco para levá-la junto. Enfim achamos que esse momento havia chegado e ela realmente curtiu bastante a viagem toda conosco.


Durante a elaboração do roteiro, nos deparamos com a Silvercar, uma agência de carros que loca apenas carros da Audi. Todos os carros são do mesmo modelo e cor. 


Para a primeira locação, havíamos recebido um desconto de 30%, o que deixou o valor do carro igual à locação de um carro mais simples. Além disso, todos os carros da Silvercar vem com GPS, Wi-Fi, quilometragem ilimitada e se necessitar, cadeirinha infantil gratuita. Resolvemos testar para contar para vocês depois, reservando pelo site: https://www.silvercar.com/


Pesquisamos muito antes de locar o motorhome. Pedimos cotações para a Cruise America, no Motorhome Republics, em agências nacionais que locam motorhomes no Brasil, no RV Share. Mas acabamos locando pela Apollo RV Rentals em Los Angeles, que estava com uma condição especial. Com muita negociação através do chat, conseguimos incluir no valor da locação, o kit cozinha, cadeiras de camping e cadeirinha infantil. O valor total da locação do motorhome, para 12 dias, com seguros e milhas incluidas foi de USD 1.479,00. 


Para acessar as condições da Apollo, clique aqui: https://www.apollorv.com/


Você  já viu nossos outros posts sobre viajar com motorhome?



  1. Nosso sonho: viajar com motorhome
  2. Planejando uma viagem de motorhome
  3. Formas de pesquisar locais de pernoite com um motorhome
  4. Detalhes importantes antes de pegar a estrada com um motorhome
  5. O que levar em uma viagem de motorhome
  6. O que comer no motorhome

terça-feira, 11 de setembro de 2018

A inesquecível viagem para Torres del Paine - Dia 8 e 9 - Argentina/Chile

Dia 8

Ás 7h da manhã de domingo, saímos do hotel em em direção ao Parque Nacional Torres del Paine. 

Existem duas rotas para se chegar até Torres del Paine, partindo de El Calafate. 
- Uma das mais comuns é a Ruta 5, com aproximadamente 300 km de distância.
- A outra, que é a Ruta 40, boa parte em rípio, com 210 km.

Na locadora nos recomendaram pegar a estrada toda esfaltada, mas como gostamos de uma aventura, resolvemos ir pela estrada de rípio, que estava em bom estado. 

Se você for como nós e optar pela estrada de rípio, apenas tome cuidado com o combustível. No caminho tem apenas um posto de gasolina em Tapi Aike. No Parque Nacional Torres del Paine a venda de gasolina é proibida, por isso abasteça em El Calafate. 

Único posto de gasolina no trajeto em Tapi Aike

Posso dizer sem dúvida nenhuma que foi a melhor escolha que fizemos, pois as paisagens pela estradinha são de tirar o fôlego. A manhã estava gelada, as paisagens ainda cobertas por gelo e neve que iam derretendo com o sol da manhã. Nunca achei que poderia nevar no deserto... que bela surpresa. 

Estrada que leva até Torres del Paine


Por ser domingo, a estrada estava bem pouco movimentada. Acredito que passamos por 2 ou 3 carros em todo o trajeto. A estrada passa por uma região desértica, com uma flora e fauna diferentes de tudo o que já vimos. Pelo trajeto vimos fazendas de ovelhas, patos selvagens, flamingos, emas, guanacos e até zorros, que atravessam constantemente a estrada. 


Chegamos na alfândega em Cerro Castilho, onde tivemos que descer do carro. Os fiscais inspecionaram nossa bagagem à procura especialmente de frutas, laticínios e sementes. Mas foi super tranquilo, pois não havia ninguém além de nós. Também tivemos que mostrar nossa permissão do automóvel para cruzar a fronteira. 


Depois que passamos a alfândega, paramos numa pequena cafeteria chamada El Ovejero para trocar reais por pesos chilenos, para pagar a entrada no parque. O dono da cafeteria é muito simpático e fez até um mapinha, com as melhores atrações do Parque Nacional Torres del Paine. Passado a cafeteria, começa um trecho com asfalto mais movimentado, até a entrada do parque. 

Cafeteria El Ovejero

Ingressamos no parque nacional pela Laguna Amarga, pois escutamos que a vista é mais bonita e não nos arrependemos. A vista é realmente de tirar o fôlego. O parque é muito grande, então reserve pelo menos dois dias considerando o trajeto, para conhecer tudo com calma. 

AS montanhas mais famosas do parque são os "Cuernos del Paine" e o "Cerro Paine Grande" que atraem muitos visitantes no verão em busca de aventura.

Laguna Amarga

Guanacos atravessando a estrada

Emas ao longo da estrada
Primeiras paisagens da entrada do parque, entrando pela Laguna Amarga



As paisagens são muito bonitas, daquelas que fazem bem para a alma e para os olhos. Logo na entrada nos deparamos com as paisagens mais bonitas que já vi na minha vida. Não sei explicar direito, mas a mistura das montanhas, com lagos e com toda aquela vida selvagem tão pertinho de nós, quase ao alcance das mãos são de suspirar sem parar. 

A temporada de trekking no parque ainda não tinha iniciado oficialmente, por isso tinha poucas pessoas por lá. Achamos ótimo ter esse pedaço do mundo só para nós explorarmos.

Montanhas, lagos e muito vento
Depois de passear muito, nos hospedamos no Hotel Pehoe, que fica em frente às montanhas, situado numa pequena ilha dentro do Lago Pehoe. O hotel não é tão novo e tem Wi-Fi apenas na área central, mas a vista e o charme da localização compensam qualquer ponto negativo. 

O valor é um pouco salgado. Na baixa temporada não exite nenhum restaurante por lá, mas o hotel serve jantar à noite a um custo exorbitante por pessoa. Caso não queira gastar esse dinheiro, é bom trazer um lanche. 

Ponte que leva até a pequena ilha onde fica o Hotel Pehoe

Hotel Pehoe com vista para as montanhas "Cuernos del Paine"


Delícia tomar um drink no lobby do hotel com essa vista


Dia 9

Nesse dia ainda fomos visitar o Lago Grey, que tem esse nome pela Geleira que fica por lá. Existe um passeio de barco que leva a essa geleira, mas como a temporada ainda não tinha iniciado, o passeio não estava funcionando.

Acabamos passeando pelo entorno do lago, que tem uma areia bem escura. 

Passeamos mais um pouco pelo parque e após o almoço, retornamos para El Calafate. 

Areia escura do Lago Gray

Já leu os nossos outros posts sobre a patagônia?


domingo, 2 de setembro de 2018

Minitrekking no Perito Moreno com crianças - El Calafate - Dia 7 - Argentina

Dia 7 - 05 de Setembro



Esta foi sem dúvida nenhuma, a experiência mais bacana de toda a viagem.






Levantamos cedo e às 8h já estávamos na estrada em direção ao Parque Nacional dos Glaciares. Era o dia de conhecer o Glaciar Perito Moreno e fazer o minitreking sobre a geleira. Havíamos comprado nossos ingressos no dia anterior.



O caminho até o parque por sí só já é um passeio muito bonito. Logo após a entrada do parque, a estrada vai circundando o Lago Argentino, com vistas de tirar o fôlego.

A primeira parada foi no Mirador Los Supiros, um mirante de onde se enxerga o Glaciar Perito Moreno pela primeira vez dentro do parque, ainda de longe. Se chama Mirador Los Suspiros, porque a imagem é tão bonita que todos suspiram por lá...


Mirador Los Suspiros


Primeira vista do Perito Moreno do Mirador Los Suspiros
Seguindo pela mesma estrada, chegamos ao pequeno porto onde um barco estava a nossa espera para fazer a travessia do Lago Argentino, levando-nos até o outro lado do lago, de onde partem os trekings sobre o Perito Moreno. 


Aqui vou fazer uma ressalva: ouvi muitas pessoas que fizeram o treking, falarem que não fariam o passeio Rios de Hielo, que havíamos feito no dia anterior, conforme comentei aqui. Alegavam que a travessia do Lago Argentino para o minitrekking e o passeio Rios de Hielo são muito semelhante. Bem, eu não achei nada parecido. Para quem quiser ver os enormes icebergs, tem que fazer o passeio completo, Rios de Hielo.

Mesmo assim, a travessia com o barco que leva para a base do minitreking é muito bonita, por acontecer bem próxima do Perito Moreno. A cada momento, escuta-se o barulho do desprendimento de partes do glaciar, fazendo com que grandes blocos de gelo caiam na água. Primeiro vem o estrondo que parece um trovão, depois o gelo cai formando ondas no lago que atingem o barco.


Visão do Perito Moreno durante a travessia do Lago Argentino para fazer o minitreking
A geleira muda diariamente com a ação do vento, sol e chuva. A neve que cai nas montanhas, empurra a geleira em direção ao continente, um processo que dura milhões de anos. Ou seja, o gelo onde pisamos durante o minitreking, tem milhões de anos.

Devido a essa transformação, um rio havia se aberto sobre a geleira e destruiu uma passagem por onde se chegava à base da geleira para iniciar o trekking. Tivemos que caminhar entre um bosque até chegar a uma outra base. Foi uma bela caminhada, mas a paisagem era tão linda, que nem ligamos.


Lindas paisagens 
Antes de subir ao glaciar, cada pessoa recebe orientações rápidas de como caminhar, do que pode ser feito e do que não pode ser feito em cima do gelo. Após a explicação, grampones foram colocados nos nossos sapatos. Esses grampones são pequenas garras de metal, que se prendem ao gelo e evitam que as pessoas escorreguem.


Base de onde parte o minitreking e onde se coloca os grampones nos sapatos


Perito Moreno encontrando o continente
Iniciamos a subida ao glaciar, acompanhados de vários guias. O 
passeio acontece apenas numa pequena parte do glaciar, que é imenso. Por incrível que pareça, em cima do glaciar a sensação térmica não era de tanto frio.

Fiquei bem preocupada no início, quando vi o tamanho e altura do glaciar, já que nosso filho de 10 anos estava junto conosco. Mas, quando percebi o cuidado que os guias possuem com todos, relaxei. Aliás, o minitreking pode ser feito por pessoas entre 10 e 65 anos. A dificuldade é média e o passeio em cima do glaciar, dura aproximadamente 1h30min. São formados pequenos grupos para subir, de umas 10 a 15 pessoas de cada vez.


Grupos iniciando o minitreking sobre o Perito Moreno
O treking é emocionante e tudo é extremamente bem organizado. Durante o treking, os guias vão explicando tudo sobre a formação de um glaciar, como ele se modifica, sobre suas fendas, seus vales, lagos e montanhas... isso mesmo, em cima do glaciar existem vales e montanhas, tudo feito do gelo milenar. Esse passeio é um must... é algo que todos deveriam poder fazer pelo menos uma vez na vida. Por mais que eu tente descrever aqui, jamais vou conseguir expressar a grandiosidade e beleza de uma geleira vista de cima. 


As perigosas fendas do Glaciar


Treking sobre o glaciar Perito Moreno com uma criança de 10 anos


Guia muito atenciosa explicando todos os detalhes
O mais legal é que em cima da geleira se formam pequenos lagos. Tomamos água de um desses lagos e depois de uma hora, quando passamos pelo mesmo local para retornar, o lago já não existia mais pelo movimento do gelo. Muito doido.

O nosso filho de 10 anos, também conseguiu terminar o treking numa boa. Adorou as garras nos sapatos, tomar água das geleiras e as fendas. Dava para ver que os guias tinham uma preocupação especial com ele, estavam sempre ao lado cuidando para que ele não fosse mais longe do que o permitido.


Dá para tomar água pura direto do glaciar


Guia fazendo a inspeção de um lago
Quando descemos do glaciar, uísque e água com gelo do próprio glaciar foram servidos para todo o grupo. E para recuperar as energias, um delicioso alfajor para quem quisesse. 

Retornamos caminhando até a base, onde existe um pequeno restaurante e onde almoçamos. Depois, o barco nos levou de volta ao continente e fomos visitar a outra face do Perito Moreno, pelas passarelas. Para comparar, é semelhante às passarelas das Cataratas de Foz do Iguaçu.

Várias passarelas e mirantes levam ao glaciar, que pode ser visto de frente. As passarelas são muito bem cuidadas, totalmente adaptadas para cadeirantes ou carrinhos de bebê.


Glaciar Perito Moreno visto das passarelas

Começou a chover e esfriou muito. Mesmo bem agasalhados e com capas de chuva, passamos muito frio. Aliás, acho que nunca senti tanto frio na vida, mas mesmo assim, ficamos firmes e fortes na passarela.

Nesse momento fiquei com pena dos turistas que contrataram o transfer da agência para fazer o minitrekking. Além do minitrekking, havia uma parada incluida nas passarelas, mas o guia acabou dando apenas 30 minutos para os turistas... mal conseguiram tirar fotos. Por sorte estávamos de carro e pudemos aproveitar o lugar no nosso ritmo. Mesmo com frio e chuva, ver o Perito Moreno das passarelas foi emocionante.

Imensidão de gelo sem fim
Depois voltamos para o hotel, tomamos um banho quente e fomos fazer algumas compras no supermercado para nossa viagem até Torres del Paine, que seria no dia seguinte.

Jantamos no Restaurante Los Amigos, que foi a decepção da viagem. Queríamos comer frutos do mar e no TripAdvisor o restaurante estava bem classificado. A comida, além de não ter sabor e tempero, estava fria. Apesar de sermos atendidos pelo simpático dono, não indico este restaurante. Saímos de lá lamentando pelo dinheiro gasto.

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