sábado, 1 de junho de 2019

Desmistificando a Namíbia - Quanto custa viajar por esse lindo país?

Se você chegou até aqui, é provável que alguma foto fascinante da Namíbia chamou sua atenção. Assim foi conosco também. Uma viagem pela África sempre esteve nos nossos planos, mas parecia um sonho distante. Não sabíamos muito sobre o continente, mas as promoções de passagens estavam apontando a cada momento. E foi numa dessas promoções que acabamos embarcando numa viagem pela Namíbia, sem saber muito sobre o lugar, mas vendo através de fotos, que seria um destino incrível. 

Árvores mortas e o cenário surreal de Sossusvlei
Para montar nosso roteiro, nos inspiramos bastante no roteiro que a Cláudia fez com a família e que ela compartilhou no blog do Felipe, o Pequeno Viajante. Também conseguimos boas dicas em blogs de viajantes alemães e italianos, o que foi fundamental para que nossa viagem fosse muito tranquila.

Mas no meio de tantas informações, encontramos algumas que nos assustaram. Eram informações de que as estradas eram horríveis, de que era um destino inseguro, que a comida ou água não faziam bem para a saúde, que era fácil se perder no meio do deserto e que precisava sempre estar com uma reserva de no mínimo 10 litros de água por pessoa, no carro. Fomos cheios de incertezas e resolvi contar para vocês a nossa experiência, para desmistificar a Namíbia. A seguir, detalhes do nosso roteiro, valores gastos e dicas. Depois, aos poucos, conforme o tempo for permitindo, contarei os detalhes de cada dia desta viagem inesquecível.

Afinal de contas, onde fica a Namíbia e como se chega até lá?

Acho que foi a pergunta que mais escutei, quando alguém perguntava onde íamos passar as nossas férias. A Namíbia faz limite ao norte com a Angola e ao sul com a Africa do Sul. É o 2º país menos povoado do mundo, perdendo apenas para a Mongólia. Tem 2,5 milhões de habitantes, distribuídos em 825 mil quilômetros quadrados (aprox. o tamanho da região Sudeste do Brasil, que tem quase 90 milhões de habitantes). Deu pra ter uma ideia de como a Namíbia é pouco habitada?

As dunas da Namíbia
A porta de entrada para o país é através da sua capital, Windhoek, e que também é a maior cidade da Namíbia. No nosso caso, conseguimos uma promoção, na qual a LATAM estava vendendo trechos de ida e volta +  taxas para Windhoek por R$ 1.854,00/pessoa, saindo de São Paulo. Os trechos tinham uma escala em Joanesburgo (3 horas na ida e uma pernoite na volta). Compramos a passagem com 7 meses de antecedência, o que nos deu bastante tempo para planejar a viagem.

Quanto tempo preciso programar para conhecer a Namíbia?

Depende. Nós programamos duas semanas porque não gostamos de viajar mais tempo do que isso, principalmente quando as crianças não estão conosco. Mas para um roteiro mais completo que o nosso e para conhecer todas as principais atrações da Namíbia, diria que 3 semanas são fundamentais. Achei o nosso roteiro para duas semanas bem coerente. Rodamos exatamente 2.753km e não achamos cansativo:

Dia 1: Chegada em Windhoek - Capital da Namíbia
Dia 2: Erindi Private Game Farm - Safari
Dia 3: Omaruru e viagem para o Etosha National Park 
Dia 4: Etosha National Park - Self Drive Safari
Dia 5: Damara Living Museum - Tribo Africana
Dia 6: Spitzkoppe - Montanhas
Dia 7: Swakopmund - Litoral
Dia 8: Swakopmund e Walvis Bay - Passeio de 4x4 pelo deserto, que encontra o mar
Dia 9: Walvis Bay e viagem para Sesriem - Passeio de caiaque com filhotes de focas
Dia 10: Sesriem -  Dunas e Sosussvlei 
Dia 11: Viagem de retorno para Windhoek e vôo para Joanesburgo

O primeiro elefante a gente nunca esquece
Nesse roteiro, não estão incluidas as regiões norte da Namíbia, nem a fronteira com a Botswana (Okavango e Caprivi) e nem a região mais ao sul, como o Fish River Canyon e a cidade fantasma de Kolmanskop. Para incluir mais esses destinos, precisa programar uma ou duas semanas a mais.

É um destino para levar crianças ou adolescentes?

Essa resposta vai depender muito de cada família. No meu caso:
Tenho filhos super companheiros de viagem. O Gabriel, de 14 anos, teria adorado ir junto. Não foi porque no 9º ano, as aulas de química e física já judiam e não permitem mais essas ausências fora das férias.

Já a Bea, de 7 anos é bastante impaciente. Para ela, acho a distância que percorremos entre um lugar e outro, muito grande. Na maioria dos dias, percorremos 200 ou 300km em estradas de chão, sem um lugar sequer para parar no meio do caminho, sem ter uma conexão de internet. Eramos só nós e a solidão da Namíbia. Enquanto nós adultos, íamos sentados no carro, contemplando a paisagem que de tempos em tempos muda drasticamente, sei que não teria sido algo que os nossos filhos iriam curtir. Claro que teriam adorado os animais no safari, as danças africanas, escalar montanhas em Spitzkoppe, andar de caiaque com filhotinhos de foca e escalar dunas enormes. Mas tenho certeza que as distâncias entre esses pontos turísticos teriam sido um fator de estresse. Mas repito: isso se aplica ao nosso caso. Adoro viajar com eles, mas preferimos levá-los para lugares um pouco mais comuns. Penso que chegará um momento na vida deles, em que terão maturidade maior para aproveitar certos tipos de viagens.

Estradas de sal da Namíbia e uma vastidão sem fim
Aliás, em toda a viagem pela Namíbia, vimos apenas 2 casais com filhos menores viajando. O restante dos turistas, na maioria alemães, italianos, canadenses e ingleses, viajavam em grupos de casais ou amigos. Mas talvez isso se deve ao fato de termos viajado em Maio e não ser época de férias escolares. Enfim, ao final da viagem, refletimos um pouco sobre se deveríamos ter trazido as crianças e nossa conclusão foi de que ter feito essa viagem apenas em casal, foi a melhor escolha.

Qual a melhor época do ano para visitar a Namíbia?

A Namíbia pode ser visitada durante o ano todo. Escolhemos maio por ser outono, início da época da seca e o clima estar mais ameno. Nessa época, que vai de maio a setembro, a vegetação fica mais seca e os animais se concentram nos famosos "waterholes" para beber água. Isso acaba facilitando vê-los na natureza. Conversamos com alguns residentes, que nos informaram que no verão (Dezembro a Abril), é muito quente na Namíbia. Também no verão é época das chuvas, o que faz com que algumas estradas fiquem interditadas, com a passagem dos rios que se formam. 

Achamos maio um bom mês. Estava quente durante o dia (entre 20º C e 35º C, dependendo do local) e mínima de aproximadamente 13º C, a noite. A paisagem estava começando a secar e pudemos observar muitos animais.

Muito calor nas dunas em Sesriem
E as hospedagens?

Basicamente, existem 4 formas de viajar pela Namíbia.

1. A mais comum, é alugar um carro 4x4 com barracas instaladas no teto. A vantagem é que você viaja com sua cama nas costas, ou melhor, no carro. Na parte de trás, o carro vem equipado com geladeira, cadeiras, mesas, fogão. Basta chegar no camping de noite, preparar o jantar e armar a barraca no teto, para dormir. Os campings são bem completos e muitas vezes ficam em lugares bem legais, como no caso de Spitzkoppe. Tem energia, banheiros e chuveiros. Acho que a desvantagem, está em ter que montar e desmontar toda a parafernália todos os dias. 

Veículo 4x4, com barracas no teto, acampando em Spitzkoppe
2. Viajar com uma agência de turismo, que formam grupos viajando em grandes ônibus off road, acompanhados sempre por guias. Esses grupos ficam em hoteis na maioria das vezes, mas também os vimos acampando. Nesse caso, é algo bem organizado. Enquanto os turistas estão aproveitando o passeio, já existe alguém no acampamento preparando o jantar e montando as barracas para o grupo. Quando os turistas chegam dos passeios, só precisam tomar banho, sentar nas mesas à luz de velas e saborear o jantar. Depois, deitar em suas barracas e dormir. No dia seguinte, quando acordam, o café da manhã está preparado e enquanto os turistas comem, os guias já estão desmontando as barracas para seguir viagem. É um jeito mais cômodo de viajar, sem abrir mão de um pouco de aventura. A desvantagem, é ficar restrito aos horários do grupo, o que pessoalmente, odiamos. 

3. Também vimos alguns poucos motorhomes circulando pela Namíbia. Ao mesmo tempo em que no motorhome você sempre tem tudo ao alcance, com bastante conforto, ficamos imaginando como deve ser barulhento viajar o dia todo com um motorhome numa estrada de chão. Quem já viajou com um, sabe que os danados chacoalham bastante até no asfalto, imaginem então em estradas de chão. Adoramos viajar de motorhome, mas a locação na Namíbia era bem cara, então nem cogitamos. 

4. Locar um veículo e se hospedar em hoteis. Essa foi a forma que escolhemos para viajar pela Namíbia. Fizemos as contas e vimos que ficar em hoteis não seria tão mais caro do que ficar nos acampamentos, montando uma tenda em cima do carro toda noite e por isso, acabamos escolhendo essa opção.

Existem hoteis para todos os bolsos na Namíbia. Existem albergues, guesthouses (pessoas que locam quartos em suas casas), hoteis normais e luxuosos resorts. Porém, nem todas as hospedagens conseguimos reservar via Booking.com ou outros aplicativos. Os hoteis dentro dos parques nacionais, só são possíveis de serem reservados pela agência NWR (Namíbia Wildlife Resorts). Tivemos que entrar em contato com eles via email, confirmar a nossa hospedagem e pagar antecipadamente, fornecendo os dados do cartão de credito, sem direito a reembolso. Apesar de ter dado tudo certo, achamos essa forma um pouco inconveniente, afinal, a tecnologia está aí para facilitar a vida de todos os viajantes.

Reservamos os hoteis com 5-6 meses de antecedência e alguns estavam bem cheios. Talvez nessa época do ano, ainda seja possível conseguir quartos de úlima hora, mas garanto que na alta temporada, os melhores hoteis lotam rápido. Se você for entre Julho e Agosto, não deixe de reservar com antecedência. 

Em media, gastamos R$ 473,00 por noite para o casal. O hotel mais barato custou R$ 253,00/diária em Khorixas e o mais caro, custou R$ 1.080,00/diária, um lodge dentro do Parque Nacional em Sesriem. No total, para as 11 diárias, gastamos R$ 5.210,00 reais.

E as estradas? É realmente necessário alugar um 4x4? 

Esqueça tudo de ruim que você escutou falar sobre as estradas na Namíbia, porque elas são muito boas, inclusive as não pavimentadas. Os trechos de asfalto são de pista simples, mas perto das cidades, se transformam em pistas duplas. O movimento nas estradas é absurdamente baixo, até nas principais vias. O asfalto é muito bem conservado e as vias não tem pedágio, nem radar. Nas vias asfaltadas, o limite de velocidade é de 120km/h, mas são tão planas, que às vezes chegamos a 140km/h, sem perceber.

Asfalto em retas sem fim pela Namíbia

As estradas de chão, na grande parte são muitos boas. Bem melhores do que muitas estradas asfaltadas brasileiras. O limite de velocidade nessas estradas é de 100km/h. Existem também estradas feitas de sal perto de Swakopmund e que parecem asfalto. Os piores trechos (acho que uns 10% do total que rodamos) ficam dentro do Etosha e chegando em Sesriem, onde a estrada de chão tem aquelas costelas de vaca, que tornam a viagem desagradável.

2.753km rodados, boa parte em estradas de chão
O único lugar, no qual realmente é necessário usar um veículo 4x4, é nos quatro últimos km em Sesriem, para chegar à Duna Big Daddy. Mas se o seu veículo não for um 4x4, existe um schuttle que faz esse trajeto, levando e buscando os turistas.

Nós locamos uma Hilux e apesar de não achar necessário alugar um 4x4, consideramos que a viagem com uma caminhonete foi muito mais confortável. Não sentimos os solavancos das estradas de chão e achamos muito bom estar em um carro mais alto. No safari isso nos deu uma vantagem em relação aos outros veículos.

Locamos nosso veículo na Hertz, no aeroporto de Windhoek e pagamos R$ 4.573,00 para 11 dias, com quilometragem ilimitada, franquia reduzida e principais seguros incluidos. Só não pegamos os seguros para pneus e vidros, que achamos muito caros. Em nenhum momento tivemos algum problema com pneu furado ou com pedras soltas sendo arremessadas contra os vidros. Acreditamos que o fato de termos escolhido uma caminhonete, também nos favoreceu nesse sentido, já que os pneus são bem mais reforçados do que os pneus de um carro comum.

Hilux 4x4 que locamos para nossa aventura pela Namíbia

Para os 2.753km que rodamos, gastamos R$ 1.032,00 reais de diesel. Também não é necessário se apavorar e abastecer em qualquer esquina, pelo menos quando se está com um veículo grande e que tem um tanque considerável. A Hilux fazia quase 600 km com um tanque, ou seja, dava para rodar muito. Existem postos em todas as cidades, tanto nas grandes, como nas bem pequenas. Também tem postos dentro dos parques nacionais. O preço do diesel era bem parecido em todos os locais, variando centavos apenas. De qualquer forma, sempre é bom se planejar e colocar combustível suficiente até chegar ao seu próximo destino. Todos os postos de combustível, aceitavam cartões de credito e tinham uma pequena loja de conveniência.

Não é aconselhável dirigir à noite pela Namíbia. É um país bastante seguro, mas existem muitos animais atravessando a pista, a toda hora. No Etosha, são elefantes, girafas...  perto da cidade, são babuínos e porcos selvagens... no interior, são cabras e gado. Se durante o dia, a cada momento temos que frear para dar passagem aos animais, à noite, a situação se complica, pois não conseguimos enxergá-los na escuridão. 

Em maio, o sol nasce por volta das 7:20h e se põe às 18:30h. Considere esses horários. Primeiro para não ter que dirigir de noite e depois, para você estar nos hoteis ao pôr do sol, para aproveitar o belo espetáculo da natureza. O pôr do sol na Namíbia é de cair o queixo. 

Pôr do sol na Namíbia

Lembrando ainda, que a direção na Namíbia é mão inglesa. No começo é um pouco estranho, mas depois de alguns minutos dirigindo, dá pra tirar de letra. O câmbio automático facilita essa adaptação.

Tenha sempre um pouco de comida e água dentro do carro, para uma emergência. As distâncias na Namíbia são grandes, mas desde que você se mantenha nas estradas, você não vai se perder e ficar dias sem encontrar nenhuma civilização. Por mais remota que a Namíbia seja, a todo momento nos deparávamos com outros carros, com ônibus de turistas ou com moradores andando ao lado da estrada.

Levamos um GPS com o mapa da Namíbia, mas o que mais funcionou, foi baixar os mapas offline pelo Google Maps. Não tivemos nenhum problema e conseguimos percorrer todas as estradas. O aplicativo trazia inclusive as estradas secundárias.

E a segurança na Namíbia?

Nos sentimos seguros durante toda a viagem. Apenas nas cidades grandes, os cuidados precisam ser maiores. De forma geral, são os mesmos cuidados que devemos ter em qualquer outra cidade: cuidar da bolsa, não dar mole com celular ou câmera fotográfica, não deixar o veículo descuidado com pertences à mostra, não andar pelas ruas à noite. Em cada estacionamento existem flanelinhas que cuidam dos carros em troca de uma pequena gorjeta. Alguns desses cuidadores são inclusive identificados com coletes amarelos e carteirinhas da prefeitura.

A única coisa que realmente nos incomodou e nos deixou um pouco inseguros, foram os vendedores ambulantes que seguem os turistas por todos os locais. Tanto faz se você está em um restaurante, em um supermercado, em um ponto turístico, parado no sinaleiro ou no posto de combustível. Sempre tem algum ambulante querendo vender alguma coisa, por um preço 5 vezes maior do que aquele produto vale. Como o índice de desemprego na Namíbia é muito alto (aproximadamente 50%), em qualquer lugar que vamos, as pessoas pedem uma gorjeta. Isso vale para a camareira, para o carregador de malas, para o frentista, para o flanelinha, para o rapaz que empacota suas compras no mercado, para o garçom, para o guia, para o motorista.

No início da viagem, até eramos compreensivos, mas depois isso se torna insustentável, pois não há dinheiro que chegue. Até tentamos ajudar, mas depois de um tempo, você percebe que infelizmente não conseguirá resolver os problemas sociais e econômicos da Namíbia. Ás vezes só queríamos sentar num banquinho em frente ao mar, para apreciar o pôr do sol e quando víamos, estávamos cercados por ambulantes. Sabe aquela praia paradisíaca no Nordeste, na qual você mal se senta e já está rodeado de vendedores e pedintes? É mais ou menos assim lá. 

Em toda nossa viagem pela Namíbia, essa situação dos ambulantes realmente foi a única coisa que nos chateou. Sabemos que é a forma que essas pessoas ganham a vida, mas é realmente muito chato.

E a comida, é boa? Os restaurantes são caros?

Para os carnívoros, a Namíbia é o paraíso. As carnes de caça,  que para nós brasileiros é considerada exótica, para os namibianos faz parte do dia-a-dia. Comemos carne de oryx, de zebra, de gnu, de springbock (veado) e achamos todas muito saborosas. A campeã é a carne de oryx. Muito macia, sabor delicioso.

Comemos muito bem em todos os lugares que frequentamos. Em alguns lugares mais remotos, não há opções de restaurantes. As opções se resumem basicamente aos restaurantes dos hoteis, mas que sempre serviram comidas muito bem elaboradas.

Escolhemos alguns hoteis que tinham sistema de self catering, ou seja, é um quarto com cozinha completa e uma churrasqueira na parte externa. Dessa forma, muitas vezes compramos alimentos nos supermercados e preparávamos no hotel.

Um dos nossos hotes com sistema self catering: saindo um churrasquinho, ou como dizem os africanos, um braa. 
Os mercados são bem completos, vendem frutas, legumes, todo tipo de carne, salsichas, queijos. Devido a colonização alemã, nas grandes cidades existem muitos produtos importados nas gôndolas. A panificação também é um espetáculo. São muitos pães diferentes, sanduiches preparados à gosto do freguês e doces deliciosos expostos nas vitrines. Não deixe de provar os Nussecken, delicioso doce à base de caramelo e nozes.

De forma geral, gastávamos entre R$ 220,00 a R$ 314,00 para comer nos restaurantes mais finos, com bebidas e gorjetas incluidas. As gorjetas correspondem de 10% a 15% do valor total da conta. Na viagem como um todo, considerando que nem sempre jantávamos só em restaurantes sofisticados, mas também comíamos sanduiches e churrascos preparados por nós mesmos, mistos quentes em padarias, salgadinhos, refrigerantes, sorvetes e bolachas que compramos nos supermercados, gastamos em média R$ 215,00 por dia/casal.

O que é realmente necessário levar para uma viagem à Namíbia?

Roupa: não é necessário levar roupas chiques, apenas confortáveis. Mesmo nos melhores restaurantes, os turistas usam calças jeans, calças de agasalho, moletom, camiseta. Coloque na mala: shorts, calças compridas, camisetas confortáveis, 1 par de chinelos, 1 par de tênis, boné ou chapéu, moletom e um casaco para o frio preferencialmente aqueles tipo corta-vento. Evite cores escuras por causa do calor e também cores brancas. Boa parte das atrações da Namíbia ficam no meio do deserto e na savana. As roupas brancas ficam sujas só de encostar no carro. Por outro lado, não precisa comprar roupas de cor bege ou verde militar só para fazer safari. Eu usei vermelho e os animais não fugiram ao me ver. Pode ir com as roupas que você possui no armário.

Adaptador de tomada: apenas dois hoteis não tinham as tomadas no padrão brasileiro. Todos os demais hoteis, tinham as tomadas africanas, as europeias e as brasileiras. Usamos um conversor / adaptador veicular para carregar os nossos equipamentos. Ele transforma o acendedor de cigarros do veículo em uma tomada e carrega os equipamentos enquanto dirigimos. É super útil, não custa caro e pode ser usado em qualquer país. Quando o quarto do hotel não tem adaptador, geralmente tem alguma loja dentro do hotel, que os vende.

Equipamentos: não usamos binóculos nos safaris, pois os animais estavam bem perto e não foi necessário. Mas se você tiver um, não custa levar. Não é necessário comprar um apenas para a viagem.

Já uma boa câmera fotográfica, é indispensável. Não é necessário ter um monstro digital de última geração, mas fotografar os animais no safari com um tablet também não dá. Usamos uma câmera digital, com 30x de zoom e nos viramos muito bem. Conseguimos tirar boas fotos, embora não sejam profissionais. Com o celular, as fotos não ficaram boas. Nas cidades de Windhoek, Outjo, Swakopmund existem lojas que locam equipamentos para fotografia ou lentes para as câmeras, mas não sei dizer o valor da diária. Também é bom levar um cartão de memória adicional. O nosso encheu no 2º dia de safari e tivemos que esvaziar as fotos no notebook. Se você não tiver essa possibilidade, pense seriamente em comprar memória adicional. A loja Cameracenter é uma boa opção, para comprar todo tipo de equipamentos fotográficos, lentes, filmadoras, acessórios e até drones. Não deixe de entrar em contato com eles pelo telefone, para negociar um desconto. Atendimento e confiabilidade nota 10.

Gnus fotografados sem zoom
Gnus fotografados com zoom de uma máquina normal
Leve também uma lanterna ou garanta que seu celular esteja sempre carregado para poder usá-lo como lanterna. Os hoteis tem iluminação muito fraca à noite nas áreas comuns e você vai precisar de luz para voltar ao seu quarto.

Produtos de higiene e beleza: além do básico, não esqueça de filtro solar, repelente (tem muito pernilongo nas áreas externas dos hoteis a noite), um bom hidratante para o corpo e rosto e um hidratante labial. A pele resseca demais, mas o que mais sofre, é a mucosa do nariz. Nossos narizes sangraram praticamente todos os dias. Se tivessemos levado um spray nasal com soro fisiológico, talvez não teríamos sentido tanto desconforto.

Como é a cobertura do sinal de celular?

Logo ao chegar no aeroporto, procure a loja da MTC, que é a melhor operadora de celular na Namíbia. Compramos um pacote para duas semanas, com 6GB de dados para cada semana, por R$ 44,00 no total. Achamos que valeu muito a pena, pois instalamos o chip em um celular e roteamos no outro. O pacote foi suficiente para o que precisávamos, embora o sinal não pegasse em todos os lugares, como no Etosha e Sesriem. Mas pegava em alguns lugares bem remotos, onde jamais pensávamos que teríamos acesso a rede de dados. Veja aqui, a cobertura da MTC na Namíbia. 

Nos locais onde o chip não pegava, existia Wi-Fi gratuito em restaurantes e nos hoteis (geralmente apenas nas áreas comuns). Apenas nos Parques Nacionais (Etosha e Sesriem), tivemos que comprar um voucher adicional de dados. Custaram aproximadamente R$ 20, para 130MB de dados.

Todos os estabelecimentos aceitam cartão de credito? Ou alguns aceitam apenas dinheiro?

A moeda na Namíbia é o dólar namibiano (NAD), que tem a mesma cotação do Rand, moeda sul africana (ZAR). O ZAR é amplamente aceito em todos os estabelecimentos da Namíbia. Alguns locais aceitam também dólares americanos e Euro. Trocamos Reais por ZAR na Correparti, em Curitiba e dessa forma, não precisamos procurar nenhuma casa de câmbio na Namíbia. Caso você precise, tem casas de câmbio no aeroporto, nos centros das principais cidades e nos principais pontos turísticos.

O cartão de crédito (Mastercard e Visa) são amplamente aceitos em todos os estabelecimentos e hoteis. Apenas em um restaurante tivemos dificuldades para pagar com cartão, mas era problema da máquina. Só não pode esquecer de liberar o cartão para uso no exterior antes de viajar.

Compras de lembranças na Namíbia

Não costumamos comprar muitas coisas durante nossas viagens. Sempre compramos imãs de geladeira para nossa coleção e alguma placa ou quadro, para enfeitar a nossa parede da churrasqueira. O primeiro lugar com artesanatos à venda que você provavelmente irá conhecer, é o Craft Center em Winthoek. A minha sugestão é que você não compre lá. Existem artesanatos muito mais autênticos em outras regiões, como em Damaraland. Nas cidades grandes, os artesanatos na verdade são produtos chineses imitando a arte namibiana. No interior, os artesanatos são feitos pelo povo mesmo. Apenas pechinche se gostar de alguma coisa. Uma peça que inicialmente custa NAD 800, ao final, não sai por mais do que NAD 300. Essa negociação parece ser algo intrínseco ao povo.

Artesanato autêntico em Damaraland

Quer fotografar as mulheres himbas? Elas cobram pelas fotografias. Não se deixe enganar e negocie muito bem o preço com elas antes de tirar fotos. 

As exóticas mulheres himba

Acredito que consegui passar algumas dicas nesse texto. Se puder ajudar com mais alguma coisa, não hesitem em mandar uma mensagem ou deixar um comentário.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Santa Monica e Glendale - Califórnia - EUA

2 de Junho

O dia começou bastante quente novamente. A diária no Ventura Beach RV Resort incluía um café da manhã com panquecas americanas feitas na hora, no estilo coma quantas você aguentar. Além das panquecas, tinha suco, café, uma variedade incrível de frutas para os padrões americanos, como laranja, melão, melancia, uvas, blueberrys. A Bea ainda aproveitou o playground, antes de seguirmos para o Camarillo Outlet para as ultimas compras. 


Últimas brincadeiras no playground no Ventura Beach Rv Resort
De todos os outros outlets por onde passamos na Califórnia, gostei mais desse. Estava muito bem organizado e tinha mais disponibilidade de peças.

O nosso plano era ir até Los Angeles e visitar o Tar Pits Museum, mas as crianças pediram para andar de patinete (Bird e Limebike) na praia de Santa Monica. Os tais patinetes são a maior febre por aqui e funcionam através de um aplicativo, que os desbloqueia. Em San Francisco já havíamos tentado por varias vezes desbloquear um desses patinetes, mas sem sucesso. 

Finalmente em Santa Monica deu certo. Estacionamos nosso motorhome no primeiro lugar disponível, conseguimos pegar 2 patinetes com a bateria carregada e 1 bicicleta elétrica no Palisades Park. Descemos até a praia, no Pier de Santa Monica e ficamos andando por mais de 1 hora por lá. Adoramos o passeio. Nas instruções do patinete, pede para ir apenas 1 pessoa em cada um, mas como a Bea ainda é pequena demais para dirigir sozinha, levei ela junto no meu.


Andando com os patinetes da Bird em Santa Monica
Já tinhamos estado no Pier de Santa Monica nessa viagem, numa segunda-feira, como comentei aqui. Achamos uma diferença enorme para o dia de hoje (domingo). Hoje estava tão cheio de pessoas, que mal conseguimos caminhar por lá. Portanto, fica a dica: se vocês odeiam muvuca como nós, melhor deixar para ir ao Pier de Santa Monica em dias de semana. Dá para curtir melhor o lugar.

Depois fomos para Glendale, porque queríamos conhecer o Americana at Brands. Fiquei super feliz por termos incluído esse lugar no nosso roteiro. O lugar é um show, sem dúvida um dos passeios que mais gostamos em Los Angeles. Não sei como é o movimento durante a semana por lá, mas no fim de semana tem um clima super familiar. Resumindo, é um shopping com lojas bacanas e restaurantes. A diferença é que no meio tem um gramadão ao ar livre, com fontes de águas dançantes. Havia muitas famílias com crianças sentadas pelo gramado, brincando, tomando café e sorvete. No próprio local, você pode emprestar cobertores para sentar na grama e brinquedos para entreter as crianças. Local super super child friendly. Adoramos tanto, que ficamos por lá até de noite. 


Clima familiar no Americana at Brand em Glendale


Brinquedos e cobertores para serem emprestados no Americana at Brand
Fonte de águas dançantes no Americana at Brand em Glendale

Por fim, ainda dirigimos até Santa Clarita, onde pernoitamos em um Walmart, perto do Parque de diversões Six Flags.

sábado, 6 de abril de 2019

Santa Barbara e Ventura Beach - Califórnia - EUA

01 de junho

Acordamos pela manhã e a geladeira do nosso motorhome não estava funcionando. Ligamos para a Apollo, e por telefone, nos orientaram como resolver o problema, enviando fotos e instruções através do Whatsapp. Em 15 minutos o problema estava resolvido.


Consideramos muito importante ter um chip que faça ligações dentro do país, quando viajamos longas distâncias. Nunca se sabe os problemas que vamos encontrar rodando tanto tempo na estrada. 

Nós sempre compramos o chip da EasySim4U. Entregam por correio no Brasil mesmo, com todas as instruções para configuração do celular. Ao chegar no destino, o chip já está funcionando e é só sair usando. 



Problemas resolvidos, fomos visitar o Farmers Market em Santa Barbara, que fica na esquina da Santa Barbara Street e E Cota Street. A feira é pequena e funciona somente aos sábados. Tudo o que é vendido por lá, vem da agricultura familiar, desde frutas, vegetais, tortas, geleias e outras delícias. Aproveitamos para abastecer a geladeira com frutas e experimentamos o verdadeiro Apple Pie americano, que estava delicioso.  


Farmers Market Santa Barbara

Passeamos pelo centro da cidade, que tem muitos restaurantes e lojas bem legais. A orla de Santa Barbara tem um calçadão enorme, onde os moradores praticam esportes.  

Centro de Santa Barbara

Bairro de Santa Barbara

Orla de Santa Barbara
Depois seguimos em direção a Ventura Beach, onde nos hospedamos no Ventura Beach RV Resort, para dar uma relaxada com as crianças. 

Fomos almoçar no Ventura Harbour, um local bem bonito para passear e com alguns restaurantes. Lá da para alugar caiaques ou pedalinhos, para um passeio pela Marina. 

Ventura Harbour


O restante do dia passamos no resort. As crianças curtiram a piscina e o playground, fomos catar conchinhas na praia que fica logo em frente, fizemos um churrasco, a noite teve sessão de cinema com pipoca ao ar livre oferecido pelo próprio resort.


Praia em frente ao Ventura Beach Rv Resort


Playground do Ventura Beach RV Resort

Curtindo o final do dia no Ventura Beach RV Resort

Muitas familias estavam por lá, passando o fim de semana com seus motorhomes enormes. É bem curioso ficar observando os hábitos dos americanos e como são preparados para viajar de motorhome. As famílias que sempre viajam, são muito bem equipadas, com ferramentas, adaptadores, mobiliário... algumas famílias chegam a montar um jardim enorme com flores, arbustos e decorações ao redor do motorhome. Tudo muito bonito e bem organizado. 

Motorhome de uma família americana

domingo, 10 de fevereiro de 2019

San Luiz Obispo, Solvang e Santa Barbara - Califórnia - EUA

Dia 31 de maio
No nosso 12º dia pela Califórnia, percebemos que as crianças estão começando a mostrar sinais de cansaço e resolvemos mudar um pouco o nosso roteiro, para ir mais devagar. 



Havíamos planejado acordar bem cedo para seguir viagem até Santa Barbara, mas resolvemos tirar a manhã para curtir a estrutura da piscina e splashzone do Cava Robles Resort, onde pernoitamos. 

Foi a melhor decisão, porque depois da diversão na piscina, estávamos todos com ânimo para viajar mais um pouco. Após o almoço, dirigimos até San Luiz Obispo, a cidade onde os seus habitantes se declararam os mais felizes dos Estados Unidos, de acordo com uma pesquisa promovida em 2008.

E toda essa felicidade fica muito perceptível quando se caminha pela pequena cidade: os moradores são muito gentis, os atendentes nas lojas e restaurantes, mega simpáticos e super preocupados com a nossa satisfação. Visitamos a Bubblegum Alley, que é um beco no meio da cidade, com milhões de chicletes mascados grudados em ambas as paredes. É uma atração bem nojenta, mas as crianças curtiram muito deixar um chicletinho por la.

Nojeto, mas legal ao mesmo tempo

Colando um chicletinho na Bubblegum Alley
Depois de visitar San Luiz Obispo, seguimos até Solvang, a cidade fundada por dinamarqueses no meio da Califórnia. A pequena cidade e linda com todas as suas construções e comidas típicas, mas é um passeio rápido. Para quem tem bastante tempo no roteiro, 1 dia deve ser mais do que o suficiente para ver todas as atrações dessa cidade. No nosso caso, ficamos lá por apenas algumas horas e achamos que deu para ver muitas atrações.


Arquitetura dinamarquesa em cada esquina de Solvang


Foto obrigatória em Solvang

Antes de chegar em Santa Barbara, no meio do caminho ainda paramos no Margot Dot Park em Pismo Beach para umas fotos. A primeira ideia no roteiro, era pernoitar em Pismo Beach, mas estava acontecendo um evento de carros antigos por lá, e a cidade estava mega lotada e todas as acomodações, estavam esgotadas. O mar em Pismo Beach é muito bonito e a cidade bem gostosa. Além disso, para quem vai com motorhome, Pismo Beach oferece inúmeras possibilidades de locais para pernoite e para quem gosta de compras, um Premium Outlet.

Vista de Pismo Beach do Margot Dot Park

Chegamos em Santa Barbara as 18h, deixamos nosso motorhome no Palm Palk Parking Lot (pago) e fomos direto para o Stearns Wharf, onde as crianças brincaram na areia até o pôr do sol.

Stearns Wharf em Santa Barbara

Brincando até o pôr do sol
Quando íamos embora, um rapaz nos parou pedindo para tirar fotos dele e da namorada. Não é que durante a foto ele saca um baita anel do bolso, se ajoelha e pede a namorada em casamento? Foi muito, muito legal. Igualzinho nos filmes. Foi tão emocionante.

Não sabemos quem são, mas participamos de um momento muito emocionante da vida desse casal

Nesse dia, dormimos no estacionamento Eastside Branch Library, em frente ao Franklin Park.


sábado, 19 de janeiro de 2019

Baleias, Big Sur e Nascimiento Fergusson Road com um motorhome - Califórnia - EUA

Dia 30 de maio


Desde quando estivemos na ilha de Victoria (British Columbia), eu tinha o sonho de fazer um passeio de barco para ver baleias. Na ocasião em que estivemos no Canadá, isso não foi possível e por isso, vi em Monterey, a oportunidade de ter essa experiência.

Acordamos super cedo e chegamos ao Fishermann's Wharf um pouco antes da saída do barco, às 9h. Na bilheteria nos avisaram que o mar estaria bastante agitado, mas não ligamos muito. Já havíamos experimentado um mar agitado em Ushuaia, como contei aqui, e adoramos o passeio. 


Preparados para ver baleias
Mas em Monterey foi um pouco diferente. O passeio durou 3 horas e além de ser um daqueles passeios pega-turista, foi um terror. Passeio pega-turista porque nas fotos que nos foram mostradas, as baleias pulam para fora da água de corpo inteiro em saltos esplêndidos. Mas na realidade, vemos apenas o dorso das baleias nadando muito longe. As baleias mergulham para se alimentar e não retornam para a superfície durante 15 minutos. Ou seja, ficamos boa parte do tempo, vendo apenas o mar.


Foto com zoom óptico, na realidade as baleias estavam muito distantes do barco
Foi um terror, porque o mar estava muito agitado. O barco balançava muito, e as pessoas estavam passando muito mal. A tripulação foi um amor, nos ajudou em todos os momentos com dicas para evitar enjôos, mas não adiantou. Na metade do passeio, a parte de trás do barco estava cheia de pessoas deitadas no chão, algumas chorando, outras vomitando... uma cena lamentável. 

Foi o primeiro passeio na Califórnia que fizemos e achamos que não valeu a pena. E aí entram vários talvez... talvez se o tempo estivesse melhor, talvez se o mar estivesse mais calmo, talvez se o barco tivesse menos pessoas... A melhor parte do passeio, foi quando o capitão anunciou que estávamos retornando para terra firme. No final, além da decepção, ficou a dor do desembolso de muitos bons dólares nesse passeio.  

Melhor do passeio para ver baleias, foram as focas que vimos na chegada ao cais.

Depois pegamos a HWY 1, para passear pelo famoso trajeto chamado Big Sur. Que pedaço de mundo mais maravilhoso. 


Paramos em cada canto que nosso motorhome nos permitiu e olha que não foram poucas paradas. Fazer o trajeto a partir de Monterey, em direção a Los Angeles tem a vantagem de facilitar a parada nos mirantes, que ficam todos do lado direito da estrada, ainda mais quando se está com um motorhome enorme.



Apreciando o litoral recortado na Big Sur


O lugar mais legal do trajeto, foi a McWay Falls, uma cachoeira que deságua diretamente em um pedaço lindissimo de praia. A trilha para chegar lá é bem curta, bem acessível para quem vai com crianças e tem um estacionamento para deixar o carro, antes de chegar lá. 

McWay Falls

A estrada estava fechada em Gorda, devido a um deslizamento e para chegar a Passo Robles, que era nosso destino final, haviam duas opções: voltar para Carmel e seguir via HWY 101 ou pegar um atalho através de uma estrada bastante estreita no meio das montanhas, chamada Nascimiento Fergusson Road. 

Nos informamos com um policial, que nos garantiu que nosso motorhome passaria pela Nascimiento Fergusson Road e por isso, escolhemos essa opção. Depois da estrada que pegamos no Stanislau National Park, como contei aqui, achamos que nada poderia ser pior. Mas foi. 😂😂

Confesso que em determinado ponto, fui para trás do motorhome, pois meu coração não é forte o suficiente para tanta adrenalina. Estrada sinuosa, muito estreita, altitude sem proteção nenhuma. Rolou até um encontro de espelhos com uma caminhonete.
Com um carro normal, acharia super tranquilo, mas não faria esse trajeto novamente com um motorhome de 27 pés. Foram alguns quilômetros de paisagens deslumbrantes, mas muuiitto tensos. 

Chegamos até Passo de Robles onde pernoitamos no novíssimo Cava Robles Resort, um lugar lindo. Sem dúvida, o melhor resort no qual já estivemos hospedados com um motorhome. Piscina e jacuzzi quentinhas, aqua park para as crianças, salão de jogos, churrasqueiras ao lado da piscina.

Piscina no Cava Robles Resort

Delicia de Acqua Splash na área da piscina
Super recomendo. Foi um descanso merecido neste lugar lindo, depois de um dia cheio.